sábado, 22 de junho de 2013

"Venha viver a Estada Real"

Grau de dificuldade: Difícil


O destino é o mesmo nas duas rotas, apenas alteramos o caminho de retorno. O grau de dificuldade é devido à distancia e um trecho para se chegar ao topo da montanha. Além do terreno de arenito danificado pela erosão e cortado pelos pneus das motos, o vento é intenso e constante, como todo topo de morro. Sem saber o nome exato da montanha, poderíamos chamá-la de "Morro dos Ventos Uivantes". O uso de um bom agasalho no alto é necessário.

O caminho que usamos para chegar até o início da trilha é pelo asfalto até um pouco depois do trevo de acesso ao distrito de Lavras Novas. Um pouco menos de 1 km depois do trevo, há uma entrada à direita antes de terminar a subida, é a entrada para o distrito de Rodrigo Silva. Depois de quase   4 km de estradão e sempre mantendo a esquerda, 30 metros depois do Marco da Estrada Real de número 1398 chegamos no início da trilha a esquerda, em um descampado.  Por mais que a trilha da direita pareça ser mais convidativa, é preciso manter sempre a esquerda, em certos pontos parece não haver mais caminho e tendemos ir para a direita. Das duas vezes, por um descuido, acabei caindo na trilha da direita. No primeiro dia não percebi e acabei chegando em um ponto sem saída e na segunda, quando percebi, cortei caminho pelo pasto para chegar na direção certa. 



Depois de passar uma pequeno córrego, a subida no pedal passa ser praticamente impossível. É preciso ter cuidado com as valetas e o terreno de arenito. O topo está a 1.500 metros e uma visão espetacular, tendo apenas o Morro do Macaco (Chapada) como vizinho mais baixo, temos uma vista de 360º onde é possível avistar vários pontos conhecido, dos quais destacamos: Serra do Trovão em Lavras Novas, o vale do rio Gualaxo do Sul  e o distrito de Santo Antônio do Salto, o distrito de Itatiaia e a cidade de Ouro Branco, o Pico de Itabirito, a Serra Geral, o Caraça e o Itacolomi.



Chegando no topo é preciso cuidado porque há uma série de pedras com projeções aéreas, mas as pontas são muito frágeis para ficar sobre elas, é perigoso quebrar e acontecer um acidente mais grave. A vegetação é de Cerrado de Altitude que, por mais rústico pareça, é muito sensível. Por mais numerosas as Canelas de Ema (Vellozia squamata - vegetação típica) parecem ser, ela cresce apenas 4 cm por ano e está ameaçada de extinção em algumas regiões do Brasil. A fauna na sua maior parte é composta por aves e algumas fazem seus ninhos no chão, portanto é preciso cuidado ao caminhar fora das trilhas.




Pegadas de uma gata com unhas afiadas, imagino ser uma Jaguatirica.

Os retornos foram assim: no primeiro dia, depois retornar e sair da trilha, segui o estradão contornando a montanha e sair na estrada de asfalto próximo ao trevo do distrito de Santa Rita de Ouro Preto, dali foi só seguir de volta. Apesar de não haver acostamento nessa estrada, ela é bem segura porque os carros não conseguem desenvolver altas velocidades, por ela ser sinuosa e a grande maioria respeitam uma distância de segurança satisfatória, muitos até interagem com suas buzinas e faróis; o outro foi retornar um pouco no estradão e seguir sentido o distrito de Rodrigo Silva, um pouco antes de chegar ao distrito chegamos no antigo leito da ferrovia, ali é só seguir no sentido contrário por quase 5 km, depois há uma alça de acesso para outra estrada, bem em frete a uma porteira, dali é só seguir na mesma direção até chegar na Estalagem das Minas Gerais e dali pra frente é só asfalto com uma área bem larga de acostamento.

Um pouco a esquerda é possível ver o distrito de Rodrigo Silva.

Trajeto 01

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Trajeto 02

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