quarta-feira, 17 de julho de 2013

Granatos


Grau de dificuldade: FÁCIL

Descida para os "Granatos".


De férias, trocamos de cidade e uma topografia totalmente diferente da região dos Inconfidentes. Em Rio Pomba/MG tem uma altitude que em alguns lugares (nos topos dos morros) chega a 550 metros, enquanto que em Ouro Preto/MG a variação é de 1.200 a 1.500 metros. A região dos Granatos é mais conhecida na cidade pela cachaça que é produzida pela família do mesmo nome (da região e da cachaça), mas quando passamos com calma é fácil encontrarmos belas paisagens. Com a companhia mais do que especial do meu filho, Matheus (11), a volta é bem tranquila, apenas um estradão que corta as fazendas e já no último terço margeia o Ribeirão Tejuco.

Matheus fazendo pose.

Frente da casa de velhos amigos: Matinada e "Tia" Aparecida.







































Há muito tempo não passava por uma junta de bois e nem sentia o cheiro dos currais, cheiro que eu gosto porque é o cheiro da minha infância. 


       















 
 



 









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domingo, 7 de julho de 2013

Parque Natural Municipal das Andorinhas

Região conhecida como Mendes.
Nível de dificuldade: Médio

Deixando para tráz o Pico Itacolomi, para temos por companhia o Caraça e o Pico do Frazão no início da trilha (que na verdade é um estradão nos primeiros quilômetros e grande parte do trajeto). O começo é o mesmo de uma outra trilha: Volta da Serra de Ouro Preto, até o acesso para a região conhecida como "Mendes". Um lugar que encanta pela beleza e o silêncio, que por vezes é quebrado pelo som, ao longe, do trem transportando minério.
Mendes
Apesar do título, o parque da Cachoeira das Andorinhas é apenas o destino. A trilha de hoje contorna todo o parque, fora dos seus limites, e por isso encontramos muitas fazendas e plantações de eucalípto, o que não diminui em nada o encanto. Grande parte do trecho é cortado por estradas de acesso às sedes de fazendas e sítios.









Não raro, somos surpreendidos por trilhas bem fechadas, exigindo alguma técnica se quiser aproveitá-las em alta velocidade.
Rio das Velhas
Uma emoção indescritível foi atravessar o "riacho" da foto acima, simplesmente o Rio das Velhas. Maior afluentente do Rio São Francisco, sua nascente está apenas a dois ou três quilômetros desse ponto. Nesse trecho a parte mais profunda deve ter aproximadamente uns 20 cm, com uma água cristalina e tremendamente gelada. Quem mora em Belo Horizonte e região pode até não acreditar que esse é o Rio das Velhas, devido a sua largura, profundidade e, sobretudo, sua pureza. Se quiser saber sobre esse importante rio mineiro, clique aqui: Wikipedia - Rio das Velhas.

Ao fundo, se destacando no horizonte, temos o Caraça.
Depois de atravessar o Rio das Velhas andando, um pouco a frente há uma bifurcação na trilha. Ao traçar a trilha no Google Earth no meio da semana, a opção era virar a esquerda e seguir para o Parque das Andorinhas, mas depois da subida do Morro São Sebastião, a trilha é muito boa para rodar, o tempo todo é só pedal e com poucas subidas. Bem, foi inevitável querer estender um pouco mais e virar a direita para ver onde iria dar. Quem pedala sempre pensa que "deve ter algo interessante depois daquela curva".
Sempre ele se destacando no horizonte - o Caraça.
Em um lugar como esse não dá para passa correndo - margem do Rio das Velhas.

Mirande no Parque das Andorinhas - vista do Vale do Rio das Velhas.

Uma moldura para o Caraça e o Frazão.
Mirante no Parque das Andorinhas.

Mirante no Parque das Andorinhas a 1.500 metros.
Do mirante é possível avistar o bairro Belvedere, em Belo Horizonte.
 Link para o Google Maps com a marcação do GPS:


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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Ouro Preto - Chapada - Lavras Novas

Essa trilha parte de Ouro Preto com duas opções: começando pela portaria do Parque do Itacolomi ou seguindo a estrada para Ouro Branco até a entrada para os Barcelos. Optamos seguir pelos Barcelos onde atingimos o ponto mais alto do percurso (1.500 metros de altitude), onde temos uma vista parcial da cidade de Ouro Preto. Com um nível de dificuldade alto devido ao longo percurso - pouco mais de 38 km seguindo pelos Barcelos - e muitos trechos com dificuldade técnica com muitas subidas, trechos com grandes valas e muito cascalho solto. O ponto mais difícil é a virada da Serra do Trovão, entre os distritos de Chapada e Lavras Novas.




Link para o Google Maps com a marcação do GPS:


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sábado, 22 de junho de 2013

"Venha viver a Estada Real"

Grau de dificuldade: Difícil


O destino é o mesmo nas duas rotas, apenas alteramos o caminho de retorno. O grau de dificuldade é devido à distancia e um trecho para se chegar ao topo da montanha. Além do terreno de arenito danificado pela erosão e cortado pelos pneus das motos, o vento é intenso e constante, como todo topo de morro. Sem saber o nome exato da montanha, poderíamos chamá-la de "Morro dos Ventos Uivantes". O uso de um bom agasalho no alto é necessário.

O caminho que usamos para chegar até o início da trilha é pelo asfalto até um pouco depois do trevo de acesso ao distrito de Lavras Novas. Um pouco menos de 1 km depois do trevo, há uma entrada à direita antes de terminar a subida, é a entrada para o distrito de Rodrigo Silva. Depois de quase   4 km de estradão e sempre mantendo a esquerda, 30 metros depois do Marco da Estrada Real de número 1398 chegamos no início da trilha a esquerda, em um descampado.  Por mais que a trilha da direita pareça ser mais convidativa, é preciso manter sempre a esquerda, em certos pontos parece não haver mais caminho e tendemos ir para a direita. Das duas vezes, por um descuido, acabei caindo na trilha da direita. No primeiro dia não percebi e acabei chegando em um ponto sem saída e na segunda, quando percebi, cortei caminho pelo pasto para chegar na direção certa. 



Depois de passar uma pequeno córrego, a subida no pedal passa ser praticamente impossível. É preciso ter cuidado com as valetas e o terreno de arenito. O topo está a 1.500 metros e uma visão espetacular, tendo apenas o Morro do Macaco (Chapada) como vizinho mais baixo, temos uma vista de 360º onde é possível avistar vários pontos conhecido, dos quais destacamos: Serra do Trovão em Lavras Novas, o vale do rio Gualaxo do Sul  e o distrito de Santo Antônio do Salto, o distrito de Itatiaia e a cidade de Ouro Branco, o Pico de Itabirito, a Serra Geral, o Caraça e o Itacolomi.



Chegando no topo é preciso cuidado porque há uma série de pedras com projeções aéreas, mas as pontas são muito frágeis para ficar sobre elas, é perigoso quebrar e acontecer um acidente mais grave. A vegetação é de Cerrado de Altitude que, por mais rústico pareça, é muito sensível. Por mais numerosas as Canelas de Ema (Vellozia squamata - vegetação típica) parecem ser, ela cresce apenas 4 cm por ano e está ameaçada de extinção em algumas regiões do Brasil. A fauna na sua maior parte é composta por aves e algumas fazem seus ninhos no chão, portanto é preciso cuidado ao caminhar fora das trilhas.




Pegadas de uma gata com unhas afiadas, imagino ser uma Jaguatirica.

Os retornos foram assim: no primeiro dia, depois retornar e sair da trilha, segui o estradão contornando a montanha e sair na estrada de asfalto próximo ao trevo do distrito de Santa Rita de Ouro Preto, dali foi só seguir de volta. Apesar de não haver acostamento nessa estrada, ela é bem segura porque os carros não conseguem desenvolver altas velocidades, por ela ser sinuosa e a grande maioria respeitam uma distância de segurança satisfatória, muitos até interagem com suas buzinas e faróis; o outro foi retornar um pouco no estradão e seguir sentido o distrito de Rodrigo Silva, um pouco antes de chegar ao distrito chegamos no antigo leito da ferrovia, ali é só seguir no sentido contrário por quase 5 km, depois há uma alça de acesso para outra estrada, bem em frete a uma porteira, dali é só seguir na mesma direção até chegar na Estalagem das Minas Gerais e dali pra frente é só asfalto com uma área bem larga de acostamento.

Um pouco a esquerda é possível ver o distrito de Rodrigo Silva.

Trajeto 01

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Trajeto 02

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terça-feira, 11 de junho de 2013

Até onde uma bike pode nos levar?

Fotografias panorâmicas de variadas trilhas nas redondezas de Ouro Preto.

Vale do Rio das Velhas visto da Pedra de Amolar.

Serra do Trovão entre os distritos de Lavras Novas e Chapada (vista ao fundo).

Morro do Cachorro com Ouro Preto ao fundo e o Pico do Itacolomi a direita.

Trecho remanescente da Estrada Real - Chafariz Dom Rodrigo (1782).
Área de recreação dentro do Parque do Itacolomi.

Área de recreação dentro do Parque do Itacolomi.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Cachoeira dos Prazeres - Lavras Novas

Grau de dificuldade: MÉDIO
Represa do Custódio
Hoje consegui "bater" uma marca pessoal, foram três capotes no percurso dessa trilha, até então esse número era zero, nunca tinha caído e hoje por descuido foram três e todos pinotes. Mas tudo bem, apesar das escoriações da bike e algumas avarias pelo corpo... ops! É o contrário: apesar das escoriações pelo corpo e algumas avarias na bike e na câmera. A bike continuou a rodar numa boa até o terceiro e depois dele fiquei bricando com o banco por mais de 7 km até chegar em casa e a câmera, bem, deu pra tirar as fotos e para mim sobraram todas as dores ao mesmo tempo. Mas vamos ao que realmente interessa que é a trilha.

Início da trilha saído da estrada para Ouro Branco.
 Parafraseando o poeta posso dizer que hoje foi uma variação de uma mesma trilha. Mais da metade dela é o mesmo trecho da trilha para Lavras Novas, com um desfio gigantesto para chegar até a cachoeira que alimenta toda a Represa do Custódio: Cachoeira dos Prazeres.

Despontar de um novo dia sobre o Morro do Cachorro.
Mesmo com os três capotes a trilha é até tranquilha para rodar, precisando apenas de mais atenção em algumas descidas e com um longo trecho (uns 2 km) com uma areia extremamente fofa, o nível de dificuldade é mais pela distância percorrida mas dá para fazer várias alterações nessa mesma trilha que leva para várias partes de região de Lavras Novas. Se a intenção é só conhecer a Cachoeira dos Prazeres o ideal é ir de carro até o distrito e caminhar até ela, a distância é mais ou menos uns 6 km, ida e volta.
Uma parte é em trilha fechada, nada bom para ir de bike.
Detalhe da Cachoeira dos Prazeres.
O local é muito lindo! Um silêncio que é quebrado apenas pelo barulho da queda e só, nada das zoeiras que somos obrigados a conviver no nosso dia a dia. É um silêncio ensurdecedor, me perdoe o caro leitor, mas não consigo transmitir em palavras o êxtase que o local nos permite vivenciar. Não tive coragem, até mesmo por que estava sozinho, de chegar até a base da queda, preferi respeitar o grande volume de água e contemplá-la a uma certa distância. Mas imagino que no inverno, durante a estiagem, é mais seguro chegar até a base e tomar uma bom banho refigorante.

 Dessa trilha ficará a lembrança única. Lugares onde dá para sentir a presença do Criador são poucos e ali é um deles. O título é em horra à padroeira do distrito, uma mulher que viveu a plenitude a presença de Deus em sua vida. Penso que não é por acaso que Ele se faz presente nesse local. Hoje foi a primeira vez que estive essa cachoeira e tenho certeza que não será a última.

Além da fotos, ficará o desejo do retorno e o gozo de poder ter vivenciado uma paz que há muito nem lembrava mais que era possível... Ah, sim! E vários hematomas pelo corpo.


Mais fotos e o mapa em "Mais informações".