sábado, 23 de fevereiro de 2013

Cachoeira dos Prazeres - Lavras Novas

Grau de dificuldade: MÉDIO
Represa do Custódio
Hoje consegui "bater" uma marca pessoal, foram três capotes no percurso dessa trilha, até então esse número era zero, nunca tinha caído e hoje por descuido foram três e todos pinotes. Mas tudo bem, apesar das escoriações da bike e algumas avarias pelo corpo... ops! É o contrário: apesar das escoriações pelo corpo e algumas avarias na bike e na câmera. A bike continuou a rodar numa boa até o terceiro e depois dele fiquei bricando com o banco por mais de 7 km até chegar em casa e a câmera, bem, deu pra tirar as fotos e para mim sobraram todas as dores ao mesmo tempo. Mas vamos ao que realmente interessa que é a trilha.

Início da trilha saído da estrada para Ouro Branco.
 Parafraseando o poeta posso dizer que hoje foi uma variação de uma mesma trilha. Mais da metade dela é o mesmo trecho da trilha para Lavras Novas, com um desfio gigantesto para chegar até a cachoeira que alimenta toda a Represa do Custódio: Cachoeira dos Prazeres.

Despontar de um novo dia sobre o Morro do Cachorro.
Mesmo com os três capotes a trilha é até tranquilha para rodar, precisando apenas de mais atenção em algumas descidas e com um longo trecho (uns 2 km) com uma areia extremamente fofa, o nível de dificuldade é mais pela distância percorrida mas dá para fazer várias alterações nessa mesma trilha que leva para várias partes de região de Lavras Novas. Se a intenção é só conhecer a Cachoeira dos Prazeres o ideal é ir de carro até o distrito e caminhar até ela, a distância é mais ou menos uns 6 km, ida e volta.
Uma parte é em trilha fechada, nada bom para ir de bike.
Detalhe da Cachoeira dos Prazeres.
O local é muito lindo! Um silêncio que é quebrado apenas pelo barulho da queda e só, nada das zoeiras que somos obrigados a conviver no nosso dia a dia. É um silêncio ensurdecedor, me perdoe o caro leitor, mas não consigo transmitir em palavras o êxtase que o local nos permite vivenciar. Não tive coragem, até mesmo por que estava sozinho, de chegar até a base da queda, preferi respeitar o grande volume de água e contemplá-la a uma certa distância. Mas imagino que no inverno, durante a estiagem, é mais seguro chegar até a base e tomar uma bom banho refigorante.

 Dessa trilha ficará a lembrança única. Lugares onde dá para sentir a presença do Criador são poucos e ali é um deles. O título é em horra à padroeira do distrito, uma mulher que viveu a plenitude a presença de Deus em sua vida. Penso que não é por acaso que Ele se faz presente nesse local. Hoje foi a primeira vez que estive essa cachoeira e tenho certeza que não será a última.

Além da fotos, ficará o desejo do retorno e o gozo de poder ter vivenciado uma paz que há muito nem lembrava mais que era possível... Ah, sim! E vários hematomas pelo corpo.


Mais fotos e o mapa em "Mais informações".